terça-feira, 11 de setembro de 2007

Não tenho mais o tempo que passou...


Vendo televisão agora, vi uma chamada para um programa em homenagem à Renato Russo. Enquanto passavam as imagens , a música "Tempo perdido" tocava. A frase "não tenho mais o tempo que passou" me chamou a atenção.
Sempre que estamos tristes costumamos pensar que o passado era sempre melhor, que o agora está péssimo e que o futuro só tende a piorar. Porém a letra continua com um "temos todo tempo do mundo"... e mais adiante: "Sempre em frente, não temos tempo a perder". Em suma, vivemos lamentando o nosso passado perdido e esquecemos que aquele momento triste será passado amanhã e com certeza vamos querer esquecê-lo. Levantemos nosso nariz, temos todo o tempo do mundo, mas não temos tempo a perder. Nada está perdido até que desistamos de procurar.

4 comentários:

mario elva disse...

O grande truque do pseudo-poeta Renato Russo sempre foi o mesmo do igualmente picareta Paulo Coelho: escrever o que as pesssoas querem ouvir. Não deixa de ser uma certa forma de talento isso.

Ronny disse...

Mas esse não é o objetivo do artista? Mesmo assim acho que o Renato Russo era uma pessoa perturbada com sua própria existência e com várias questionamentos sobre um monte de coisa inclusive sobre sua homosexualidade e acabava escrevendo sobre isso. Coincidentemente, ia de encontro com os jovens da época. Qual é a diferença entre Morrisey e Renato Russo?

mario elva disse...

A diferença entre Morrisey e Renato Russo? Bem, várias.
Primeira e principal, o segundo copiava o primeiro descaradamente e mal.
Segunda, o primeiro introduziu ao pop rock da época um estilo de compoisção até então inédito. O segundo, quando muito, copiou os originais (Não são poucos os plágios).
A coisa fica mais ou menos nessa ordem: Morrissey chupava os grandes autores britânicos, Renato Russo chupava o Morrissey (entre outros nomes do pop rock.
Qualquer crítica ao Renatão te deixa ouriçadinho hein amigo?

mario elva disse...

Continuando. E que merda seria a arte se se resumisse a dizer o q as pessoas querem ouvir. E os questionamentos?